Escritor 34 – Eduardo Galeano

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Galeano nasceu em 3 de setembro de 1940 em Montevidéu em uma família católica de classe média de ascendência europeia. Na infância, Galeano tinha o sonho de se tornar um jogador de futebol; esse desejo é retratado em algumas de suas obras, como O futebol de sol a sombra (1995). Na adolescência, Galeano trabalhou em empregos nada usuais, como pintor de letreiros, mensageiro, datilógrafo e caixa de banco. Aos 14, vendeu sua primeira charge política para o jornal El Sol, do Partido Socialista.
Galeano iniciou sua carreira jornalística no início da década de 1960 como editor do Marcha, influente jornal semanal que tinha como colaboradores Mario Vargas Llosa e Mario Benedetti. Foi também editor do diário Época e editor-chefe do jornal universitário por dois anos. Em 1971 escreveu sua obra-prima As Veias Abertas da América Latina.
Em 1973, com o golpe militar do Uruguai, Galeano foi preso e mais tarde seu nome foi colocado na lista dos esquadrões da morte e, temendo por sua vida, exilou-se na Espanha, onde deu início à trilogia Memória do Fogo. Em 1985, com a redemocratização de seu país, Galeano retornou a Montevidéu, onde viveu até sua morte, em 2015.
Em princípios de 2007 Galeano caiu seriamente doente, mas recuperou-se, após uma bem-sucedida cirurgia em Montevidéu.
Galeano foi internado dia 10 de abril e morreu próximo das 9h em 13 de abril de 2015, em Montevidéu, de câncer no mediastino, após o tumor provocar metástase.

Fonte: Wikipédia

Principais Obras:

As Veias Abertas da América Latina (1971)
Memórias Do Fogo (1982 – 1986)
Os Filhos Dos Dias (2012)

Opinião Pessoal: Eduardo Galeano só perde para Virginia Woolf na minha lista de escritores favoritos. Sua capacidade de contar histórias, que ao mesmo tempo são narrativas e ao mesmo tempo poesia, me inspiram e me ensinam a ser uma escritora melhor cada vez que pego num livro seu.
Para aprender mais sobre a América Latina não tem escritor melhor. Ele conta trajetória do nosso continente através da vida das pessoas, histórias reais (talvez com um toquezinho de ficção) que atravessaram os piores períodos nas mãos dos ditadores e nosso povo, sempre sofrendo com a política torta que parece nunca se ajeitar. Seu livro mais famoso “As Veias Abertas Da América Latina” é respeitado mundialmente e usado em diversas faculdades.
Para minha sorte, Galeano tem uma obra imensa e ainda não cheguei a ler nem metade de seus livros. Mas daqui a alguns anos, mesmo quando  completar minha leitura de suas letras traduzidas, seguramente vou procurar ler toda sua obra no idioma original, para que, assim, eu nunca tenha que me despedir deste escritor que mudou para sempre minha forma de enxergar a Literatura e o nosso maravilhoso continente.

Escritor 33 – Manoel De Barros

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Manoel Wenceslau Leite de Barros (Cuiabá, 19 de dezembro de 1916  — Campo Grande, 13 de novembro de 2014) foi um poeta brasileiro do século XX, pertencente, cronologicamente à Geração de 45, mas formalmente ao pós-Modernismo brasileiro, se situando mais próximo das vanguardas europeias do início do século e da Poesia Pau-Brasil e da Antropofagia de Oswald de Andrade. Recebeu vários prêmios literários, entre eles, dois Prêmios Jabutis. É o mais aclamado poeta brasileiro da contemporaneidade nos meios literários. Enquanto ainda escrevia, Carlos Drummond de Andrade recusou o epíteto de maior poeta vivo do Brasil em favor de Manoel de Barros . Sua obra mais conhecida é o “Livro sobre Nada” de 1996.

Fonte: Wikipédia.

Principais Obras:

Gramática Expositiva do Chão (1966)
Livro Sobre Nada (1996)
Ensaios Fotográficos (2000)

Opinião Pessoal: Manoel De Barros transformou para sempre a minha forma de entender a poesia. Quando peguei pela primeira vez um livro seu ainda tinha na mente aquele estigma de que poesia era apenas estrutura e rima, como costumamos a aprender na escola. Ao me encontrar com o “Face Imóvel” pela primeira vez – meu primeiro contato com o poeta – me assustei um pouco com aqueles versos quebrados e com pouca rima. Tive dificuldades para entender a principio tamanha desconstrução, não só da linguagem, como também em relação à ideia pobre que tinha da poesia. Desistiria, talvez, de Manoel, se não tivesse pagado bastante caro no box que contém toda a sua obra. Mas resolvi insistir, principalmente porque – apesar de não entender muita coisa quanto à poesia como técnica – senti uma identificação com o amor pelas coisas simples, pela vida do campo e os animais que o poeta costuma escrever em todos os seus versos. E ainda bem que o fiz! Livro após livro fui entendendo um pouco mais da mente do poeta, de como funcionava a poesia e sobre como ela não possui limites: a poesia vai até onde sua imaginação deseja que ela chegue.
Foi a partir de “Livro Sobre Nada” que caí para sempre no mundo mágico de Manoel. Um mundo onde gravetos valem ouro, uma lagarta é tida como musa inspiradora, e caracóis, lixo, coisas que pessoas jogam fora ou desprezam são semelhantes a um tesouro. Um mundo onde a poesia significa o mesmo que a vida, em que uma não pode viver sem a outra.
Manoel de Barros é simples e marcante. Mesmo aparentando não querer dizer nada, acaba dizendo tudo, com aquele jeitinho quase infantil que só ele sabe imprimir em seus versos. Um professor que sempre nos ensinará muito mesmo não estando mais entre nós. Só os gênios são capazes de fazer isso.

Escritor 28 – J.K. Rowling

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Joanne “Jo” Rowling também conhecida como J. K. Rowling, nome com o qual assina as suas obras, ou pelo seu nome de casada, Joanne Murray, é uma escritora britânica de ficção, autora dos sete livros da famosa e premiada série Harry Potter, e de três outros pequenos livros relacionados a Harry Potter. Desde criança, Joanne gostava de ler contos como O Vento nos Salgueiros e O Cavalinho Branco. Muitos autores influenciaram sua obra, e fizeram nascer em Joanne a vontade latente de tornar-se escritora.
Famosa por escrever em bares, com a primogênita ao lado no carrinho, ela enfrentou uma série de dificuldades até atingir a riqueza e a fama como escritora, passando-se longos anos até que o Harry Potter e a Pedra Filosofal chegasse às prateleiras, com a ajuda de seu agente literário Christopher Little. Desde então, J. K. Rowling escreveu os outros seis livros que a tornaram rica, e capacitaram-na a contribuir com instituições que ajudam a combater doenças, injustiças e a pobreza.
Seus livros, traduzidos para 64 línguas, venderam mais de 450 milhões de cópias pelo mundo todo, e renderam à autora por volta de 576 milhões de libras, mais ou menos 1 bilhão de dólares, segundo estimativa da Forbes em fevereiro de 2004, tornando-a a primeira pessoa a tornar-se bilionária (em dólares) escrevendo livros.
Em 2011 foi lançado o filme Magia além das palavras, uma biografia não autorizada pela escritora.
Seu patrimônio era estimado em US$ 1 bilhão, mas depois de fazer doações, seu patrimônio está estimado em US$ 813 milhões.
Em 2013, no mês de Julho foi descoberto que o livro de suspense The Cuckoo’s Calling, publicado em Abril daquele ano, era na verdade de autoria de Rowling, sob o pseudônimo de Robert Galbraith. A publicação trazia proposta de histórias de detetive a moda antiga, como os livros da autora igualmente britânica Agatha Christie.

Você pode saber um pouco mais sobre a escritora no filme Magia Além das Palavras, sua biografia não autorizada, que está disponível no Youtube.

Biografia retirada do Wikipédia.

Principais Obras:

Saga Harry Potter (1997 – 2007)
Morte Súbita (2012)
O Chamado do Cuco (2013)

Opinião Pessoal: É seguro dizer que J.K. Rowling é responsável por introduzir milhões de jovens no mundo literário. Principalmente em países emergentes, onde a cultura, educação e literatura são praticamente inexistentes e não há qualquer incentivo, a saga Harry Potter conseguiu trazer uma parcela desses jovens para o mundo dos livros. Lembro que na época onde a saga ainda era lançada como “inédita”, via nos jornais artigos e reportagens com um tom meio impressionado pelo fato de adolescentes dormirem na porta de livrarias ao redor do país, esperando ansiosamente para colocar as mãos no mais novo livro da saga. Havia análises e mais análises sobre porque esses livros eram diferentes, porque essa escritora era diferente. Os mais radicais, principalmente os religiosos, falavam até de pacto com não sei quem e bruxaria real. Bem, o motivo certo nunca saberemos. O fato é que a imaginação de Rowling conquistou a todos e fez um favor à humanidade, principalmente para os jovens que estão crescendo sob uma sociedade tão superficial, de que ler é muito bom.
Em minha opinião, os melhores livros são aqueles em que você não consegue acreditar que é puramente ficção, que nada dali é real. Acho que todo mundo já esperou secretamente receber uma carta de Hogwarts ou se pergunta se em algum lugar deste mundo tão enorme não existe mesmo algo mágico, uma escola de bruxaria onde poderemos ter aula de poções e jogar Quadribol. Rowling não só escreve fantasticamente sobre cenários e mundo mágicos e deslumbrantes. Seus personagens são pessoas que conhecemos, são personalidades próximas. Conheço muita Hermiones, Lunas, Ronys e Harrys por aí. Infelizmente, conheço até alguns Malfoys. Sua capacidade de misturar tão bem fantasia com realidade resultou em todo esse sucesso estrondoso e inesquecível que são os livros de Harry Potter.
Ainda não tive a oportunidade de ler seus novos livros (comecei o Morte Súbita hoje mesmo), mas aposto, como todo escritor que vai ficando mais experiente com o passar dos anos, que sua escrita e sua capacidade de criar novos mundos, novas histórias e brilhantes personagens vão continuar nos encantando e nos maravilhando em suas seguintes obras. De qualquer forma, seu nome sempre estará ligado ao mundo mágico de Harry Potter e à sua importância na Literatura contemporânea.

Escritor 27 – Irmãos Grimm

Irmãos Grimm

Nascidos em Hanau, Jacob Grimm em 1785 e Wilhelm Grimm em 1786, os irmãos Grimm estudaram Direito junto ao seu pai, mas começaram a se dedicar integralmente à literatura e acabaram deixando a advocacia de lado. No ano de 1830, ambos ingressam em uma universidade alemã como professores. Estudiosos incessantes do idioma alemão, atuaram em campos como História e Filologia. Porém, a grande marca dos Grimm era sua excelência narrativa.
Um ano marcante para os irmãos Grimm foi 1837, quando demonstraram ideias contestadoras em relação ao rei da Alemanha e foram expulsos da Universidade de Göttingen junto a cinco professores. Quatro anos mais tarde, a Universidade de Berlim convida-os para assumirem cargos de professores novamente. Os dois viveram nesta cidade até seus últimos dias, sendo que Wilhelm veio a falecer em 1859 e Jacob em 1863. Estudiosos, os irmãos Grimm sabiam que os primeiros povos transmitiram oralmente suas histórias, passando a tradição de pai para filho, de geração para geração. Assim, quando surgiu a escrita, muitos destes contos foram registrados nos monastérios, onde eram redigidos por religiosos. Desta forma, os irmãos começam a pesquisar antigos documentos e iniciar um processo de recolhimento de histórias da Alemanha para a preservação da memória e das tradições populares.
Apenas Dortchen Wild, que era a mulher de Wilhelm, contribuiu com 12 histórias, das quais pode ser citada Rumpelstiltskin, que tem como principal personagem um anão que faz palha se transformar em ouro. Uma das histórias mais famosas da humanidade, Branca de Neve, imortalizada pelo desenho criado nos estúdios Disney, foi passada para os irmãos Grimm por 2 amigas de sua família. A maior parte dos contos, aproximadamente 200, foram ditados por uma camponesa idosa chamada Dorotea Viehmman.
Publicados no ano de 1812, os primeiros contos dos Grimm levavam o nome de “Histórias das Crianças e do Lar”, totalizando 51 histórias. Aos poucos, os contos desta obra foram se popularizando ao redor do mundo, sendo reinventados em várias versões e conquistando povos de culturas e idiomas diferentes.

Principais Obras:

Cinderella
A Branca de Neve
Rumpelstiltskin
João e Maria

Opinião Pessoal: Albert Einstein uma vez disse: “Se você se quer crianças sejam inteligentes, leiam contos de fadas para elas.” Graças aos irmãos Grimm temos a oportunidade de deixar nossas crianças mais inteligentes.
Acho que os contos de fadas são essenciais. Hoje em dia existe uma forte represália a esses contos. Dizem que não devemos iludir nossas crianças com ilusões sobre amores idealizados, mundos que são muito diferentes do nosso etc. Mas não consigo concordar com essa visão, ainda que entenda quem a tenha. Esses contos não fizeram mal a nenhuma pessoa que conheço. Muito pelo contrário. Contos, histórias, principalmente àquelas contadas antes de dormir, só fazem atiçar a curiosidade dos pequenos, instiga a imaginação e a afasta de um mundo tão cinza quanto o dos adultos. Eu agradeço por ter sido apresentada a esse mundo quando criança e até hoje não conheci ninguém que tenha se arrependido ou tenha algum ressentimento em relação a esse tipo de história.
Jacob e Wilhelm Grimm entendiam isso muito bem e fizeram o favor de reunir tantas histórias mágicas que, ainda recontadas de inúmeras formas, atravessam séculos de existência e são fundamentais, como disse o gênio da física, para desenvolver mais a inteligência e a capacidade criativa de nossas crianças.

Escritor 26 – Jane Austen

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Jane Austen nasceu em 16 de dezembro de 1775, em Steventon, Hampshire, Inglaterra, sendo a sétima filha do reverendo George Austen, o pároco anglicano local, e de sua esposa Cassandra (cujo nome de solteira era Leigh). O reverendo Austen era uma espécie de tutor, e suplementava os ganhos familiares dando aulas particulares a alunos que residiam em sua casa. A família era formada por oito irmãos, sendo Jane e sua irmã mais velha, Cassandra, as únicas mulheres. Cassandra e Jane eram confidentes, e hoje se conhece uma série de cartas de sua correspondência.É considerada a maior escritora de todos os tempos, de acordo com sua jornada de vida que arrasta milhões de fãs por todo o mundo e encanta a todos com sua literatura épica.
Em 1783, Jane e Cassandra foram para a casa da Sra. Cawley, em Southampton, para prosseguir a educação sob sua tutela; porém tiveram que regressar para casa, devido a uma enfermidade infecciosa em Southampton. Entre 1785 e 1786, ambas foram alunas de um internato em Reading, lugar que pode ter inspirado Jane para descrever o internato da Sra. Goddard, que aparece no romance Emma. A educação que Austen recebeu ali foi a única recebida fora do âmbito familiar. Por outro lado, sabe-se que o reverendo Austen tinha uma ampla biblioteca e, segundo ela mesma conta em suas cartas, tanto ela quanto sua família eram “ávidos leitores de romances, e não se envergonhavam disso”. Assim como lia romances de Fielding e de Richardson, lia também Frances Burney. O título de Orgulho e Preconceito, por exemplo, foi retirado de uma frase dessa autora, no romance Cecilia.
Não há provas de que Jane foi cortejada por ninguém, apesar de um breve amor juvenil com Thomas Lefroy (parente irlandês de uma amiga de Austen), aos 20 anos. Em janeiro do ano seguinte, 1796, escreveu a sua irmã dizendo que tudo havia terminado, pois ele não podia casar por motivos econômicos.
Em 1809 se mudaram para Chawton, perto de Alton e Winchester, onde seu irmão Edward podia abrigá-las em uma pequena casa dentro de uma de suas propriedades. Esta casa tinha a vantagem de ser em Hampshire, o mesmo condado de sua infância. Uma vez instaladas, Jane retomou suas atividades literárias revisando Sense and Sensibility, que foi aceita por um editor em 1810 ou 1811, apesar de a autora assumir os riscos da publicação. Foi publicado de forma anônima, em outubro, como pseudônimo: “By a Lady”. Segundo o diário de Fanny Knight, sobrinha de Austen, esta recebeu uma “carta da tia Cass pedindo que não fosse mencionado que a tia Jane era a autora de Sense and Sensibility”.2 Teve algumas críticas favoráveis, e se sabe que os lucros para Austen foram de 140 libras esterlinas.
Animada pelo êxito de Sense and Sensibility, a autora tentou publicar também Pride and Prejudice, que foi vendido em novembro de 1812 e publicado em janeiro de 1813. Ao mesmo tempo, começou a trabalhar em Mansfield Park. Em 1813, a identidade da autora de Pride and Prejudice começou a difundir-se, graças à popularidade da obra e à indiscrição da família. Nesse mesmo ano foi publicada a 2ª edição de suas obras, e em maio de 1814 surgiu Mansfield Park, obra da qual se venderam todos os exemplares em seis meses, e Austen começou a trabalhar em Emma.
Austen começou Persuasion em agosto de 1815, mas um ano depois começou a se sentir mal. No início de 1817 começou Sanditon, porém teve que abandonar a obra por seu estado de saúde. Para receber tratamento médico foi levada a Winchester, onde faleceu em 18 de julho de 1817.
Suas últimas palavras foram: “Não quero nada mais que a morte”.4 Tinha 41 anos.
Em seu testamento, legou tudo o que tinha para sua irmã Cassandra. Na época, não se sabia a causa de sua morte; hoje, considera-se que foi Doença de Addison. Está enterrada na Catedral de Winchester.

Biografia retirada do Wikipédia.

Principais Obras:

Razão e Sensibilidade (1811)
Orgulho e Preconceito (1813)
Emma (1815)
Persuasão (1818)

Opinião Pessoal:

Jane Austen é atemporal. Apesar de seus romances narrarem a sociedade inglesa e destacar a educação dada à mulher na época, é possível qualquer um se identificar com os conflitos de seus personagens. É muito comum os jovens leitores de hoje em dia pegarem algum livro do século XIX e torcer o nariz, acharem enfadonho ou difícil demais para ser lido. Com Jane Austen isso é mais difícil acontecer. Sua escrita é bastante fácil e compreensível, os dramas de suas protagonistas podem assemelhar-se ao que algumas mulheres vivem hoje em dia. Muitas vezes me vi no lugar de Emma ou Elizabeth, personagens de Emma e Orgulho e Preconceito respectivamente, principalmente na forma de pensar ou falar. Mesmo com séculos de diferença, suas histórias são capazes de nos tocar, instruir e entreter a pessoas de qualquer idade.
Gosto da delicadeza de sua escrita. Gosto muito. É gostosa, é instrutiva. Mesmo quando trata de assuntos mais sérios e críticas, usando toda a ironia que lhe é característica, ainda assim consegue manter a sutileza das palavras. Talvez seja toda a educação e polidez inglesa que se mostra presente até mesmo em uma discussão mais séria entre os personagens. Sua forma de narrar histórias paralelas e amarrar todo o enredo com muito talento é algo que me encanta como uma escritora aspirante.
Ler Jane Austen é reconfortante e um aprendizado, tanto como leitora, tanto como escritora. É impossível não se sentir bem após a leitura de alguns de seus livros e desejar devorar os próximos na primeira oportunidade.
É leitura obrigatória para quem se interessa em descobrir e aprender mais sobre uma boa e clássica literatura.

Escritor 24 – Christopher Paolini

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Christopher Paolini nasceu no dia 17 de novembro de 1983 em Los Angeles, Califórnia, Estados Unidos .
Exceto por alguns anos em Achorage, Alasca, ele passou a vida inteira na região de Paradise Valley, no estado norte-americano de Montana, onde ainda reside. Ele vive com os pais e a sua irmã mais nova, Angela, numa rústica casa às margens do rio Yellowstone , cenário o qual Paolini descreve como uma de suas principais fontes de inspiração.
Christopher foi educado pelos seus pais. Ele frequentemente escrevia pequenas histórias e poemas, fazendo visitas à biblioteca e lendo muito. Entre as inspirações literárias de Paolini figuram as obras de J.R.R. Tolkien, E.R. Eddison e o poema épico Beowulf. Cinco de seus livros favoritos são: os exemplares da trilogia His Dark Materials de Philip Pullman; Duna por Frank Herbert; e Anna Karenina de Leon Tolstói.
O escritor ainda disse que as montanhas e florestas de Paradise Valley (no estado de Montana), onde reside, é “uma das principais fontes de inspiração” para ele.
Christopher cresceu ouvindo muita variedade musical, mas a clássica ardeu a sua imaginação e ajudou-o a escrever. Ele ouvia freqüentemente Mahler, Beethoven e Wagner enquanto escrevia Eragon. A batalha final de Eragon foi escrita ao ouvir Carmina Burana, por Carl Orff.

Biografia retirada do Wikipédia

Principais Obras:

Eragon (2002)
Eldest (2006)
Brisingr (2008)
Herança (2011)

Opinião Pessoal:

Christopher Paolini é realmente um prodígio! Ele começou a elaborar a saga já aos 15 anos de idade, com todos os detalhes e mapas da história. Toda a leitura que ele teve quando mais novo provavelmente influenciou tamanha criatividade. Ainda assim, é de se admirar que uma saga tão completa tenha vindo de uma mente tão jovem. Suas descrições sobre os cenários da história e acerca dos sentimentos dos personagens são bem feitas, fazendo com que você se sinta dentro da terra mágica que ele criou. Infelizmente a adaptação do filme para o cinema ficou muito aquém do livro, não permitindo a mesma sensação e emoção que se tem ao ler os livros.
É notável a influência de Tolkien em seus escritos. Muitos podem achar que é uma cópia de O Senhor dos Anéis, mas não vejo dessa forma. Apesar das semelhanças, são histórias diferentes e com propostas diferentes. Não é à toa que Christopher vendeu milhões de cópias pelo mundo, encantando novos leitores e atraindo cada vez mais jovens ao mundo da literatura.

Escritor 23 – Frei Betto

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Carlos Alberto Libânio Christo nasceu no dia 25 de agosto de 1944, em Belo Horizonte. É escritor, teólogo e filósofo.
Professou na Ordem Dominicana, em 10 de fevereiro de 1966, em São Paulo.
Adepto da Teologia da Libertação, é militante de movimentos pastorais e sociais, tendo ocupado a função de assessor especial do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva entre 2003 e 2004. Foi coordenador de Mobilização Social do programa Fome Zero.
Esteve preso por duas vezes sob a ditadura militar: em 1964, por 15 dias; e entre 1969-1973. Após cumprir quatro anos de prisão, teve sua sentença reduzida pelo STF para dois anos. Sua experiência na prisão está relatada nos livros “Cartas da Prisão” (Agir), “Dário de Fernando – nos cárceres da ditadura militar brasileira” (Rocco) e Batismo de Sangue (Rocco). Premiado com o Jabuti de 1983, traduzido na França e na Itália, Batismo de Sangue descreve os bastidores do regime militar, a participação dos frades dominicanos na resistência à ditadura, a morte de Carlos Marighella e as torturas sofridas por Frei Tito. Baseado no livro, o diretor mineiro Helvécio Ratton produziu o filme Batismo de Sangue, lançado em 2007.

Biografia retirada do Wikipédia

Principais Obras:

Batismo de Sangue (1983)
Aldeia do Silêncio (2013)

Opinião Pessoal:

Quando peguei o livro “Aldeia do Silêncio”, pela primeira vez, não esperava o que iria encontrar. Apesar de ter lido críticas positivas no jornal, a surpresa me atingiu quando li as primeiras páginas.
A escrita de Frei Betto é singela e impactante ao mesmo tempo. Os olhos deslizam sobre as palavras e, ao absorvê-las, é impossível não ficar olhando alguns minutos para qualquer ponto vazio na parede, fazendo uma profunda reflexão sobre o que foi lido. Em cada parágrafo, em cada fala, em cada descrição, Frei Betto quer te dizer alguma coisa. E ele consegue. Ele tem uma forma de explicar as emoções através das letras e é impossível não senti-las. Ele ama as palavras, disserta sobre elas com uma poesia e filosofia incríveis, deixando-lhe abismado com tamanho talento.
Eu, como escritora, admiro cada frase que ele escreve, seus sinônimos, suas comparações, seus sentimentos, suas filosofias. Sinto-me ansiosa para ler mais de suas obras, de suas ideias, de sua criatividade. Para qualquer pessoa estudante de Letras ou para quem deseja ser um escritor, recomendo que estude sua forma de escrever, sua forma de contar histórias, de desenvolver ideias. Frei Betto é um aprendizado interessante e cativante, do tipo que nos faz aprender sem sentir que estamos estudando.

Escritor 22 – John Green

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John Michael Green nasceu no dia 24 de Agosto de 1977, em Indianápolis, nos Estados Unidos.
John Green sempre se considerou um “nerd”, do tipo que lia muito e não tinha quaisquer habilidades sociais. Suas experiências de adolescente serviram como pano de fundo para muitas de suas histórias.
Seu primeiro livro, Quem É Você, Alasca?, ganhou o prêmio Michael L. Printz em 2006. Seus livros já foram publicados em mais de 10 línguas ao redor do mundo e sempre figuram na lista dos mais vendidos do The New York Times.
Como todo bom geek, Green faz muito uso da internet para se comunicar. Há anos mantém um canal no Youtube chamado “Vlogbrothers”, ao lado de seu irmão Hank Green, sendo um dos canais mais populares da internet. Sua conta no twitter tem mais de 1 milhão de seguidores, onde se comunica com os fãs diariamente.
Hoje em dia mora com a mulher e os filhos em Indianápolis.

Principais Obras:

Quem é Você, Alasca? (2005)
O Teorema Katherine (2006)
Cidades de Papel (2008)
A Culpa É Das Estrelas (2012)

Opinião Pessoal:

John Green é o escritor favorito do momento. Todos os seus livros na lista dos mais vendidos no Brasil ilustram bem essa afirmação. Creio que todo jovem-adulto de 2014 possui pelo menos um de seus livros na estante. Não é pra menos. Seus livros sempre trata de temas atuais e relevantes para o público adolescente. Mas não é aquele tema clichê de menininha rica que se apaixona por menininho rico, eles se casam e são felizes para sempre. John Green escreve sobre pessoas de verdade. Sobre histórias de verdade. Pessoas com doenças graves, mas com um enorme senso de humor. Pessoas reclusas, que são péssimas em contato social, mas que desejam ser aceitas e amadas como qualquer outra. Pessoas que gostam de livros, de “nerdices”, que amam e não tem vergonha nenhuma de serem chamados de “nerds”. Escreve sobre pessoas que conhecemos, pessoas que nós somos, pessoas que queremos ser. E tudo isso misturado com muito bom humor e filosofias de vida.
Conheço muitas pessoas que passaram a se interessar por leitura através de seus livros, pois se sentiram compreendidos através de suas palavras e acabaram se interessando pelo mundo literário em geral. E acho isso simplesmente fantástico!
John Green é o tipo de escritor do qual é impossível não querer ler todos os livros avidamente e ainda assim pedir por mais. Suas palavras, simples, porém concisas,  precisam sempre fazer parte de nossas vidas, fazendo com que seus leitores esperem sempre ansiosamente pelos próximos livros.

Escritor 21 – Carlos Ruiz Zafón

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Carlos Ruiz Zafón nasceu no dia 25 de Setembro de 1964, em Barcelona, na Espanha.
Começou escrevendo livros de literatura infanto-juvenil. Com o seu primeiro livro, O Príncipe da Névoa, ganhou o prêmio Ebedé de Literatura. Com o mesmo livro vendeu mais de 150 mil exemplares só na Espanha e foi traduzido para vários idiomas.
Em 2001 Zafón arriscou-se ao escrever para um público mais adulto com o romance A Sombra do Vento. O sucesso foi estrondoso, transformando-se em um fenômeno literário internacional, sendo traduzido para 30 idiomas em torno de 45 países. Desde o seu lançamento, A Sombra do Vento coleciona ótimas críticas e prêmios literários ao redor do mundo.
Carlos Ruiz Zafón vive nos Estados Unidos desde 1994 e além de escritor também é roteirista.

Principais Obras:

Marina (1999)
A Sombra do Vento (2001)
O Jogo do Anjo (2008)
O Prisioneiro do Céu (2011)

Opinião Pessoal:

Carlos Ruiz Zafón é o tipo de escritor do qual eu falaria aqui por uma semana, se pudesse, e ainda assim não me faltaria argumentos. Seus livros foram um dos maiores achados da minha vida e sempre abro um sorriso só de olhar para a capa de algum deles.
A Sombra do Vento, o primeiro livro que li do autor, arrancou todos os órgãos do meu corpo. Acho que qualquer explicação em duas linhas não ia chegar nem aos pés do que merece ser dito sobre esse livro. Com certeza se não existisse alguém chamado Makus Zusak e um livro chamado A Menina Que Roubava Livros, este seria o meu livro favorito de longe. Os livros de Zafón tem todos os ingredientes de uma boa obra: mistério, romance, aventura, personagens cativantes, ótimos diálogos e críticas à sociedade. Além de, claro, falar sobre a importância dos livros e como este pode mudar a sua vida.
Apenas li dois de seus livros até agora, sendo estes A Sombra do Vento e Marina. Tenho todos os seus livros na minha estante, mas não tenho coragem de ler o próximo. A mágica de sua narrativa me encanta e arrebatada de forma que não quero ficar com a sensação de que não há mais nada do autor para ser lido. Talvez eu esteja exagerando, pois faltam 5 livros do autor para ler. Me dá agonia a sensação de esperar anos e mais anos por uma palavrinha sobre um novo livro de um autor que estimo tanto, do tipo de Zusak. Esses autores sensacionais escrevem relativamente poucos livros, pra prolífica época atual, e nada dói mais do que a incerteza de uma próxima obra.
Aos que nunca leram um livro de Zafón, por favor, leiam! Ele tem mágica nos dedos e uma criatividade pra lá de aflorada, fazendo com que você se sinta em plena Barcelona, visualizando todos os cenários, as casas, as características físicas do personagem e tudo o que faz parte do universo de seus livros. Ele faz com que você se sinta parte da história, como se fosse amigo dos personagens, vivendo e sofrendo todas as aventuras e dramas com eles.
Carlos Ruiz Zafón é um dos melhores escritores de nossa geração e seremos seres abençoados se o seu trabalho continuar tão magnífico e arrebatador pelos próximos longos anos.

Escritor 19 – Cecelia Ahern

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Cecelia Ahern nasceu no dia 30 de setembro de 1981, em Dublin, na Irlanda.
É filha do ex chefe de governo da Irlanda, Bertie Ahern. É formada em jornalismo pela Griffith College Dublin e no ano 2000 fez parte da banda pop Shimma, que terminou em terceiro lugar em um show de talentos da Irlanda.
Cecelia escreveu o seu primeiro romance aos 21 anos de idade, chamado “P.s. Eu Te Amo”. O livro foi um estrondoso sucesso, tendo ficado em número 1 na lista de bestsellers durante 19 semanas e foi vendido em mais de 40 países. O livro ganhou uma adaptação para as telas com o mesmo nome, tendo como protagonistas Hilary Swank e Gerard Butler.
Seu segundo livro chamado “Onde Termina o Arco-Íris” foi o vencedor do CORINE Award, prêmio dado na Alemanha.
Cecelia é uma das autoras de romances femininos, chamados Chick-lit, mais famosas do mundo. Seus livros ao todo já venderam mais de 13 milhões de cópias em 46 países.
Ela também produziu a premiada série americana “Samantha Who”.
Atualmente mora em Dublin com o marido e a filha.

Principais Obras:

P.s. Eu Te Amo (2004)
Onde Termina o Arco-Íris (2005)
O Presente (2009)
O Livro Do Amanhã (2010)

Opinião Pessoal:

O ponto forte de Cecelia Ahern, para mim, é a criatividade com que monta suas histórias. Ainda que sejam romances dramáticos, um pouco “água com açúcar”, ela consegue tirar uma ideia original e apresentar ao mundo de forma singela e brilhante ao mesmo tempo. Cartas de um marido morto que te ajudam a superar o luto? A sua própria vida que marca um encontro com você para te mostrar o que anda errado? Objetos perdidos que vão para um mundo paralelo? Esses são apenas alguns exemplos dos temas que giram em seus livros. A leitura é sempre gostosa, engraçada e fluída, do tipo que a gente pega o livro num dia e termina no outro.
Cecelia apresenta temas como luto, dor, superação, amor e independência, passando sempre uma boa moral ou um bom exemplo em suas palavras finais.
Cecelia é leitura obrigatória para quem gosta de romances e adora se emocionar com um livro em suas mãos.