Manoel Wenceslau Leite de Barros (Cuiabá, 19 de dezembro de 1916 — Campo Grande, 13 de novembro de 2014) foi um poeta brasileiro do século XX, pertencente, cronologicamente à Geração de 45, mas formalmente ao pós-Modernismo brasileiro, se situando mais próximo das vanguardas europeias do início do século e da Poesia Pau-Brasil e da Antropofagia de Oswald de Andrade. Recebeu vários prêmios literários, entre eles, dois Prêmios Jabutis. É o mais aclamado poeta brasileiro da contemporaneidade nos meios literários. Enquanto ainda escrevia, Carlos Drummond de Andrade recusou o epíteto de maior poeta vivo do Brasil em favor de Manoel de Barros . Sua obra mais conhecida é o “Livro sobre Nada” de 1996.
Fonte: Wikipédia.
Principais Obras:
Gramática Expositiva do Chão (1966)
Livro Sobre Nada (1996)
Ensaios Fotográficos (2000)
Opinião Pessoal: Manoel De Barros transformou para sempre a minha forma de entender a poesia. Quando peguei pela primeira vez um livro seu ainda tinha na mente aquele estigma de que poesia era apenas estrutura e rima, como costumamos a aprender na escola. Ao me encontrar com o “Face Imóvel” pela primeira vez – meu primeiro contato com o poeta – me assustei um pouco com aqueles versos quebrados e com pouca rima. Tive dificuldades para entender a principio tamanha desconstrução, não só da linguagem, como também em relação à ideia pobre que tinha da poesia. Desistiria, talvez, de Manoel, se não tivesse pagado bastante caro no box que contém toda a sua obra. Mas resolvi insistir, principalmente porque – apesar de não entender muita coisa quanto à poesia como técnica – senti uma identificação com o amor pelas coisas simples, pela vida do campo e os animais que o poeta costuma escrever em todos os seus versos. E ainda bem que o fiz! Livro após livro fui entendendo um pouco mais da mente do poeta, de como funcionava a poesia e sobre como ela não possui limites: a poesia vai até onde sua imaginação deseja que ela chegue.
Foi a partir de “Livro Sobre Nada” que caí para sempre no mundo mágico de Manoel. Um mundo onde gravetos valem ouro, uma lagarta é tida como musa inspiradora, e caracóis, lixo, coisas que pessoas jogam fora ou desprezam são semelhantes a um tesouro. Um mundo onde a poesia significa o mesmo que a vida, em que uma não pode viver sem a outra.
Manoel de Barros é simples e marcante. Mesmo aparentando não querer dizer nada, acaba dizendo tudo, com aquele jeitinho quase infantil que só ele sabe imprimir em seus versos. Um professor que sempre nos ensinará muito mesmo não estando mais entre nós. Só os gênios são capazes de fazer isso.
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