Deveria ser eu.
A que aquela camisa vermelha te deu.
A digna de toda a atenção dos olhos teus.
A que deveria estar ao lado seu
Desde o dia em que nasceu
Desde o momento em que cresceu
E até na primeira vez em que seu coração adoeceu.
Deveria ser eu.
A primeira a beijar os seus lábios quando a esperança em seu coração morreu
A primeira que viu suas lágrimas caírem quando anoiteceu
E a primeira que as enxugou quando amanheceu.
Deveria ser eu.
No seu momento mais baixo
Ou no seu apogeu.
Ouvindo os assuntos mais banais
Como o quanto a derrota do seu time te entristeceu
(Mesmo que este não seja o mesmo que o meu!)
Ou brigando contigo porque trabalhou tanto que até de comer esqueceu.
Deveria ser eu.
É…Deveria ser eu.
Mas não sou.
Mas não somos.
Ainda.
Talvez.
Não sei.
Juro que não sei.
Só sei que deveria ser eu.
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LIIIIIIIIIIIINDO DMSSSS <3
Ah lindo, amei, super me identifiquei.
O jogo de rimas adoro
Amei!!! Retratou perfeitamente o que sinto, o quanto, às vezes, “queria ser eu”. Enfim, perfeito o texto!!!
Amei! Se aquele da camisa vermelha soubesse destes lindos textos que são inspirados nele. Talentosa!
Aaaaah! Gostei, gostei! Tão simples, mas tão carregado de sentimento… O eu lírico me parece até um pouquinho conformado. Aliás, inconformado com a sua conformidade – ou vice-versa. Na sua confusão, diz que queria ser (“DEVERIA ser eu”), mas não se exalta, não sai da sua mansidão e até confunde-se no “não saber”. Esse tipo de confusão/dúvida dói e é um pouco estranho de se dizer e de se falar ou escrever sobre – e meus comentários ainda super confusos -, mas a escrita conseguiu falar pra mim, consegui “conversar” com o texto e digo que gostei bastante dele!
AMEI! AMEI! AMEI!! LIIIIIIINDO!! (como sempre néee!!) *-*