Escritor 18 – Hans Christian Andersen

 

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Hans Christian Andersen nasceu no dia 02 de Abril de 1805, em Odense, na Dinamarca.
Nasceu numa família muito pobre, filho de um sapateiro e de uma lavadeira. A família vivia numa casa com um único cômodo. Seu pai sempre incentivou sua criatividade contando-lhe histórias através de um teatro de marionetes. Aprendeu a ler muito cedo e também memorizou algumas peças de Shakespeare, que apresentava em seu teatrinho de marionetes. Seu pai veio a falecer quando o menino tinha apenas 11 anos de idade. Sua mãe casou-se novamente e Hans teve de aprender a se virar sozinho. Largou os estudos e mudou-se para a capital Copenhague, a fim de começar uma nova vida como cantor de ópera. Lá, conheceu o diretor do Teatro Real, Jonas Collin, e começou a trabalhar como ator e bailarino, além de escrever algumas peças de teatro. Hans conquistou o carinho do diretor, que resolveu financiar seus estudos. Em 1828 ingressou na Universidade de Copenhague.
Em 1835 ganhou fama internacional com o seu romance “O Improvisador”, graças às viagens que fez por toda a Europa.
Após passar por uma crise financeira aos 22 anos, Hans Christian Andersen começou a escrever contos infantis inspirados nas histórias populares que ouvia quando criança. Depois passou a escrever sobre o mundo das fadas. A tentativa deu certo. Suas palavras atraíram multidões e seus contos foram ficando cada vez mais famosos. Conseguiu reergue-se financeiramente e consagrar-se como um dos primeiros escritores de literatura infantil no mundo.
A data de seu nascimento, 2 de abril, é o Dia Internacional do Livro Infanto-Juvenil.

Principais Obras:

A Sereiazinha
O Soldadinho De Chumbo
O Patinho Feio
A Pequena Vendedora De Fósforos
A Polergazinha
A Roupa Nova Do Imperador

Opinião Pessoal:

Que criança não cresceu ouvindo pelo menos uma das histórias de Hans Christian Andersen? Eu acho que ouvi quase todas das mais famosas e, até hoje, mesmo “grande”, ainda fico encantada com a criatividade e a sensibilidade com que essas histórias são escritas.
Seus livros são direcionados para o público infantil, contudo, qualquer adulto é capaz de se emocionar com suas histórias, principalmente pelo cunho trágico que permeia na maioria delas.
Lembro que, quando era criança, me irritava ouvir alguma de suas histórias onde o personagem morria ou sofria até o último minuto, eu pensava que esse escritor era amargo e que não gostava de finais felizes. E, como toda criança (e muitos adultos também!), eu só queria saber de finais felizes. Porém, ao crescer, temos uma visão melhor do mundo, a partir de novas experiências, de um olhar diferente sobre a vida. Quando pequenos, olhamos a histórias como elas nos são apresentadas, poucas vezes conseguimos ler nas entrelinhas ou achar alguma moral. Agora eu vejo todo o senso crítico de Hans Christian Andersen, principalmente em relação à desigualdade que a raça humana vive através dos séculos. O autor sofreu na pele essa desigualdade, essa falta de adequação ao que é imposto como “certo” pela sociedade e fez de suas experiências, de suas dores, palavras que atravessam séculos, que nos encantam até hoje e que com certeza encantará também as próximas gerações.

Escritor 16 – Paula Pimenta

 

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Paula Pimenta nasceu no dia 2 de Junho de 1975, em Belo Horizonte, Minas Gerais. É escritora e compositora.
Paula sempre amou escrever e expressar seus pensamentos através de palavras, por isso decidiu cursar Jornalismo. Porém mudou para Publicidade e se formou na PUC – Minas. Em seguida mudou-se para Londres, a fim de estudar escrita criativa. Quando retornou ao Brasil, trabalhou para Rede Minas. Também estudou música na UEMG e por anos deu aulas de violão e técnica vocal.
Começou sua carreira escrevendo poemas. Publicou uma coletânea financiada pelo próprio pai em 2001, chamada “Confissão”. Porém foi em 2008 que seu nome ganhou destaque com a ampla venda de “Fazendo O Meu Filme”, seu primeiro romance e best-seller. A história de Fani, uma adolescente que é apaixonada por filmes e recebe a oportunidade de fazer intercâmbio, mudando toda a dinâmica de sua vida, conquistou o coração e o carinho do público. Além de mais 3 livros da saga de Fani, Paula Pimenta também escreveu a coletânea de crônicas, intitulada “Apaixonada Por Palavras” e a nova saga chamada “Minha Vida Fora De Série” que conta a história de Priscila, uma adolescente que precisa lidar com mudanças após a separação de seus pais e é viciada em séries de TV.
Nas horas vagas, gosta de compor e cantar suas próprias músicas. Para ver vídeos ou ouvir suas músicas, acesse o site oficial: http://www.paulapimenta.com.br/#!musica/c10tw

Principais Obras:

Fazendo O Meu Filme (2008)
Minha Vida Fora De Série (2011)

Opinião Pessoal:

Doce. Acho que essa é a palavra que melhor descreve os livros e a escrita de Paula Pimenta. Apesar de seu público-alvo ser os adolescentes, suas histórias podem conquistar os corações de qualquer idade. Afinal, todos fomos adolescentes um dia e passamos por dramas e situações que suas personagens também passam.
Livros intelectuais são muito bons, necessários a qualquer pessoa que gosta de ler, que quer saber mais sobre o mundo, que quer evoluir a escrita ou pensamento. Mas alguns, apesar de bons, também cansam a mente, são complicados como um quebra-cabeças de 2000 peças que você precisa passar uma quantidade de dias montando. Acho que a maioria dos leitores às vezes só precisa ler por diversão, pra esfriar a cabeça ante uma situação de estresse ou precisam animar o coração após algum período de situações difíceis e esgotantes. Os livros de Paula Pimenta são a porta exata para entrar nesse mundo mais brando, mais leve. Suas personagens são sempre cativantes e tão humanas que nos confundimos com elas, sentimos suas mesmas sensações, suas cosquinhas na barriga, como se nós mesmos estivéssemos vivendo as cenas de suas histórias.
Seus livros nos emocionam, nos deixam alegres e com uma sensação ótima dentro do estômago. Impossível não gostar.

Escritor 15 – Eduardo Sacheri

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Eduardo Sacheri nasceu em 1967, em Castelar, na Argentina. É escritor e professor de história.
Iniciou sua carreira enviando três de seus contos para a Radio Continental, na Argentina, no programa “Todo Con Efecto. Seus contos tinham uma particularidade: falavam sobre futebol e a paixão que envolve o esporte. A partir do primeiro conto lido por Alejandro Apo, Sacheri ganhou a admiração não só do narrador, como de todos os ouvintes, que comçaram a telefonar para a rádio querendo saber mais sobre o escritor e onde poderiam encontrar seus escritos. O sucesso foi grande e logo Sacheri enviou mais contos para serem lidos na rádio.
Em 2005 lançou o primeiro livro intitulado “O Segredo dos Seus Olhos”, que foi levado às telas de cinema pelo grande diretor argentino Juan José Campanella. O filme foi aclamado em vários festivais ao redor do mundo e ganhou o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2010. Eduardo e Juan José foram responsáveis pelo roteiro.
Suas histórias são publicadas por toda a América Latina e também estão sendo traduzidas para o alemão e francês. Suas obras também foram incluídas pelo Ministério da Educação em campanhas para o estimulo à leitura.
Recentemente, colaborou mais uma vez com Campanella para o roteiro de “Um Show de Bola” (Metegol), animação argentina recém lançado no Brasil.

Principais Obras:

Esperándolo a Tito (2000)
O Segredo dos Seus Olhos (2005)
Papeles Em El Viento (2011)

Opinião Pessoal:

Conheci Eduardo Sacheri através do filme “O Segredo Dos Seus Olhos”. É um dos meus filmes favoritos de toda a vida e assim que descobri que existia um livro, corri para comprá-lo. Ainda que já soubesse toda a história, o li rapidamente, pois me apaixonei pela escrita de Sacheri.
Sacheri ama as palavras e as palavras parecem amá-lo também. Elas se ajeitam, se encaixam, se completam de uma forma a regalar ao leitor um texto repleto de fluidez e poesia. Ele consegue nos fazer acreditar que palavras têm vida própria, que são reais e que se enfileiram propositalmente a fim de formar uma bonita história a ser contada.
É realmente uma pena que seus outros livros não sejam publicados no Brasil. Creio que “O Segredo Dos Seus Olhos” só circula por nossas livrarias porque o filme ganhou um Oscar, o que certamente acende um enorme holofote sobre a obra. Existem muitos escritores espalhados pelo mundo, ascendendo em suas carreiras, tão talentosos, tão promissores que não possuem livros divulgados em nosso país, vai saber o porquê. E Eduardo Sacheri com certeza é um deles.
Pra quem quiser conhecer mais sobre o autor além de seu único livro publicado por aqui, recomendo que procure textos pela internet, principalmente sobre os que falam sobre futebol (que são a maioria), pois são interessantíssimos e conseguem realmente traduzir todo o sentimento do esporte e sua relação com o torcedor. Não encontrei nenhum traduzido, então é necessário saber um pouco de espanhol para ler seus escritos. Para quem se interessar, segue o link abaixo de alguns de seus textos publicados pela revista de esportes El Grafico: http://www.elgrafico.com.ar/contenidos.php?id_cat=27

Escritor 14 – Umberto Eco

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Umberto Eco nasceu no dia 5 de Janeiro de 1932 em Alessandria, na Itália. Além de escritor, é filósofo, semiólogo e lingüista. É titular da cadeira de Semiótica e diretor da Escola Superior de ciências humanas na Universidade de Bolonha
Começou sua carreira como filósofo, estudando sobre assuntos medievais, especialmente sobre os textos de S.Tomás de Aquino. A partir daí desenvolve uma reconhecida carreira como ensaísta e intelectual.
Como romancista, Umberto sempre atrai a atenção e crítica de determinados grupos. Seu mais famoso livro “O Nome da Rosa” (que ganhou uma versão cinematográfica estrelada por Sean Connery), por tratar de um assassinato dentro de um mosteiro medieval, causou rebuliço na Igreja Católica e foi até mesmo acusado de perseguição à Igreja. O mais recente “O Cemitério de Praga” também foi acusado de pelo Rabino de Roma de popularizar a ideia do antissemismo.
Colaborou em várias publicações acadêmicas, além de escrever para o L’Espresso e o jornal La Repubblica.
No momento Eco se dedica à criação de sua autobiografia intelectual. Colecionador confesso de livros, possui em sua casa quatro salas repletas de livro dos mais variados gêneros.
Atualmente mora em Milão, na Itália, ao lado de sua mulher.

Principais Obras:

O nome da Rosa (1980)
O Pêndulo de Foucault (1988)
O Cemitério de Praga (2011)

Opinião Pessoal: Os romances de Umberto Eco são descritos como ‘suspense erudito’ e isso fica muito claro desde a primeira página de seus livros. Peguei “O Nome da Rosa” para ler sem saber o que me esperava e confesso que foi difícil me acostumar ao seu tipo de escrita, principalmente pelas enormes frases em latim e sem qualquer tradução. Demorei um pouco (meses, na verdade) para me acostumar com seu estilo, mas a história deste livro é tão sensacional que me manteve presa ao e curiosa para saber o final.
Sua escrita pode se tornar maçante demais por toda essa erudição, além de frases enormes em outras línguas, como latim e francês que não possuem tradução. Creio que isso afasta, como eu, leitores mais “humildes”, por assim dizer, pois nem todos os amantes de livros, até mesmo os que se interessam verdadeiramente por leituras mais críticas e clássicas, possuem doutorado ou um minucioso conhecimento histórico para compreender melhor a complexidade de sua escrita. Para entender completamente seus livros e desfrutar de sua visão crítica e singular, é preciso possuir um acervo literário que vai muito além dos best-sellers do mês.
Dito isso, é necessário expressar também que não só de erudição suas obras são feitas. Eco tem uma narrativa envolvente, sua criatividade para ligar todos os pontos da trama é sensacional, sem contar com todo o aprendizado que é ter um livro seu em mãos.

Escritor 13 – Florbela Espanca

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Flor Bela de Alma da Conceição Espanca, nasceu no dia 8 de Dezembro de 1894, em Vila Viçosa, Portugal.
Florbela e seu irmão, Apeles, eram filhos bastardos de João Maria Espanca com Antonia da Conceição Lobo, a empregada da casa. A princípio João Maria não reconheceu a paternidade das crianças pois era casado com Mariana do Carmo Toscano, mulher estéril e que veio até ser madrinha das crianças. Apenas dezoito anos após a morte de Antonia, João Maria reconheceu os filhos oficialmente em um cartório em Portugal.
Em 1913, Florbela casou-se com Alberto de Jesus Silva Moutinho , seu colega dos tempos de escola. Concluiu o curso de Letras em 1917 e em seguida inscreveu-se no curso de Direito. Foi a primeira mulher a frequentar este curso na Universidade de Lisboa.  Florbela escreveu para muitos jornais de Portugal e por algum tempo ganhou a vida dando aulas particulares.
Às vésperas de publicar o seu primeiro livro em 1919, Florbela sofre de um aborto espontâneo. A situação não afetou apenas seu corpo como também sua mente, pois desde então começou a apresentar sérios problemas mentais. Separou-se de seu primeiro marido em 1921, sofrendo um grande preconceito pelo divórcio não ser bem aceito na época. Um ano depois casou-se com António Guimarães, com quem já vivia desde o fim do seu primeiro casamento. Separou-se novamente e em 1925 casou-se pela terceira vez com Mario Laje.
Seu querido irmão Apeles morre em 1927 em função de um acidente aéreo e tal perda agrava mais ainda sua doença mental. Inspirada pela dor e sofrimento de tal fato, escreveu Máscaras do Destino, uma coletânea de contos sobre morte e vida.
Tentou suicidar-se duas vezes em outubro e novembro de 1930, às vésperas do lançamento de seu mais famoso livro Charneca em Flor. Logo em seguida é diagnosticada com um edema pulmonar, desiste de vez da vida e, após ingerir propositalmente uma grande dose de barbitúricos, no dia de seu aniversário, Florbela Espanca vem a falecer em 1930.

Principais Obras:

Livro de Mágoas (1919)
Livro de Sóror Saudade (1923)
Charneca em Flor (1931)
As Máscaras do Destino (1931)

Opinião Pessoal:  

Comecei a ler Florbela Espanca por acaso. Estava em um daqueles dias em que tenho um desejo urgente de comprar um livro e entrei numa livraria apenas para “dar uma olhada”. Achei o livro de Florbela em uma estante de Literatura Estrangeira e não pensei duas vezes em comprá-lo ao ver que custava apenas 20 reais. Geralmente demoro para ler os livros que compro, mas Máscaras do Destino foi exceção, nem eu mesma sei o porquê. Quase não leio Literatura Portuguesa, mas já tinha ouvido falar em Florbela Espanca.  Só sei que me apaixonei imediatamente por sua escrita desde o primeiro conto. Talvez seja essa minha atração não proposital por depressivos e loucos ou o fato de algumas características de sua escrita me lembrar um pouco Virginia Woolf, não sei. Só sei que a cada página, a cada conto eu só queria ler mais e mais e não demorei a terminar o livro. Não é uma leitura difícil, mas também não é fácil. Ao ler suas palavras devagar, sorvendo cada dor e romantismo de sua escrita, a leitura de seu livro se torna uma experiência apaixonante e prazerosíssima.
Como escritora, Florbela Espanca me ensinou a observar com mais cuidado os detalhes, tornando o texto mais poético, porém sem cair no enfadonho.
Num mundo onde tudo é tão corrido, apressado e cada trabalho precisa ser feito “pra ontem”, Florbela é a leitura perfeita para deitar em uma espreguiçadeira em uma casa de campo nas férias, ouvir o canto de passarinhos pela manhã e deixar-se absorver pela mágica de sua escrita.
Sem dúvidas foi um ótimo achado e seu nome já figura na lista de meus escritores favoritos.
Abaixo, deixo um poema da escritora:

Os versos que te fiz

Deixa dizer-te os lindos versos raros
Que a minha boca tem para dizer!
São talhados em mármore Paros
Cinzelados por mim pra te oferecer!

Têm dolência de veludos caros,
São como sedas pálidas a arder…
Deixa dizer-te os lindos versos raros
Que foram feitos pra te endoidecer!

Mas, meu Amor, eu não tos digo ainda.
Que a boca da mulher é sempre linda
Se dentro guarda um verso que não fiz!

Amo-te tanto! E nunca te beijei…
E nesse beijo, Amor, que eu te não dei
Guardo os versos mais lindos que te fiz!

Escritor 12 – Neil Gaiman

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Neil Richard Gaiman nasceu no dia 10 de Novembro de 1960 em Hampshire, na Inglaterra. É escritor de romances e quadrinhos.
Desde criança foi um apaixonado por livros e bibliotecas. Diz o próprio autor que sempre foi um devorador de livros, passando dias inteiros em bibliotecas e devorando obras de autores consagrados, principalmente os de Literatura Fantástica. Seus escritores favoritos eram C.S Lewis, J.R.R Tolkien, Lewis Carroll, Edgar Allan Poe etc.
Neil Gaiman começou como jornalista na Inglaterra, escrevendo biografias, artigos e críticas literárias. “Violent Cases” foi sua primeira graphic novel com a colaboração com o ilustrador Dave MacKean. Lançaram outra saga chamada “Black Orchid”, pela DC Comics, ganhando cada vez mais espaço e reconhecimento no mundo das graphic novels. Porém foi com a saga “Sandman” que Gaiman e McKean se destacaram e ganharam inúmeros prêmios por seus trabalhos.
A carreira de Neil Gaiman é extensa e recheada de sucessos. Como romancista, ganhou notoriedade com os livros Deuses Americanos, Stardust e Coraline. Muitos de seus livros figuraram entre várias listas de best-sellers ao redor do mundo, atingindo públicos de todas as idades e culturas. É o queridinho dos nerds e fãs de literatura fantástica.
Além de manter redes sociais para falar diretamente com seus fãs, como blog, twitter e tumblr, Gaiman também dá palestras sobre escrita criativa e literatura. É um dos escritores mais prolíficos da atualidade, tendo escrito canções, poemas, roteiros para séries e mini-séries, entre outros.
Em relação à sua vida pessoal, foi casado por 22 anos com Mary McGrath, com quem teve 3 filhos. Atualmente mora nos Estados Unidos ao lado de sua segunda mulher, Amanda Palmer.

Principais Obras:

Sandman (1988)
Stardust (1999)
Deuses Americanos (2001)
Coraline (2002)
Os Filhos de Anansi (2005)

Opinião Pessoal: Eu poderia ficar até amanhã de manhã aqui falando o quanto Neil Gaiman é ótimo e um dos melhores autores da atualidade (na minha humilde opinião e, creio eu, a opinião de alguns nerds de plantão também).
Meu primeiro contato com Gaiman foi através do filme “Stardust”. É um dos meus filmes favoritos, porém na época eu mal poderia imaginar que aquela história veio de algum livro. Fui descobrir mesmo após de ver um capítulo de Doctor Who que ele escreveu (e um dos melhores da série, por sinal) e, maravilhada, fui pesquisar sobre o autor e vi que ele era um dos responsáveis pelo filme que eu havia amado pouco tempo atrás.
A literatura fantástica de Gaiman é tão incrível que você não encontra em nenhum outro lugar. Pelo menos eu ainda não encontrei. Ainda que ele tenha bastantes influências de Carroll, Tolkien e Lewis, ele consegue imprimir em suas histórias características únicas, do tipo em que você lê um trecho de um livro qualquer pela internet e fala: “Isso aí foi Neil Gaiman que escreveu”. E após uma pequena pesquisa você descobre que foi ele mesmo. É como aquele grupo pequeno de cantores que têm a voz tão única que a partir da primeira nota cantada, você já sabe quem é, mesmo que seja uma música inédita ou alguma outra da qual você nunca tenha ouvido. E essa é só uma das mil e uma coisas que faz deste escritor de literatura fantástica simplesmente fantástico (perdão, não pude evitar o trocadilho)!
Seu talento permeia por todos os gêneros. Vai da história mais absurda à mais romântica de um livro para o outro. Ele escreve até mesmo livros infantis, ainda que estes sejam considerados um pouco assustadores para crianças. Amo também o fato dele ser tão prolífico e ainda estar vivo (graças a Deus, que continue assim por muito tempo) para que eu possa lê-lo infinitamente, até mesmo o que não for meu estilo.
Seja escrevendo contos, roteiros, quadrinhos ou romances, Gaiman é incontestavelmente um ótimo escritor, que consegue transportar o leitor aos diversos mundo malucos que vivem em sua cabeça, fazendo-nos até mesmo crer que seu mundo existe de verdade, nem que seja em qualquer lugar ao longe no Universo. E esses, para mim, são os melhores tipo de escritores: o que nos fazem acreditar que a realidade vai muito, muito além do que nossos olhos podem alcançar.

Escritor 11 – Martha Medeiros

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Martha Medeiros nasceu no dia 20 de agosto de 1961, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. É escritora, jornalista e cronista brasileira.
Foi formada em Publicidade e Propaganda e trabalhou como redatora e diretora de criação em várias agências de Porto Alegre. Porém, em 1993, seu marido foi transferido para o Chile a trabalho e Martha Medeiros mudou-se com ele. Foi lá que descobriu seu amor pela poesia, descobriu seu talento como escritora, residindo ali por 9 meses.
Quando retornou ao Brasil, passou a colaborar com o jornal Zero Hora, de Porto Alegre e desde então seus contos e crônicas foram se tornando populares em todo o país.
Lançou o seu primeiro livro em 1985, chamado “Strip Tease” e não parou mais! Lançou um livro atrás do outro e passou a escrever para o jornal O Globo, a revista Época, entre outros. Suas obras já foram adaptadas para o teatro e cinema, entre eles “Divã” filme/série de sucesso que tem Lília Cabral no papel principal.
Seu mais recente livro “A Graça da Coisa” está há varias semanas presente na lista dos best-sellers nacionais.

Principais Obras:

Trem Bala (1999)
Divã (2002)
Doidas e Santas (2008)
Feliz por Nada (2011)

Opinião Pessoal: Se você nunca se identificou com pelo menos um texto de Martha Medeiros provavelmente você não é humano. A escritora tem um talento enorme para olhar através do leitor, mesmo que ela seguramente não conheça a maioria deles. Suas crônicas são sempre leves e divertidas, porém sem deixar de chamar atenção para aspectos importantes de nossas vidas. Através de seus textos é possível fazer uma reflexão profunda, não só de si mesmo, mas sobre o meio em que vive e sobre a sociedade como um todo.  Leitura recomendada a todos, pois Martha escreve de uma forma muito fácil e simples, qualquer pessoa, independente de classe social ou educação, consegue entender suas palavras e a mensagem que a escritora quer passar.

Escritor 10 – Thalita Rebouças

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Thalita Rebouças nasceu no dia 10 de outubro de 1974 na cidade do Rio de Janeiro. É escritora e jornalista.
Desde pequena, Thalita escrevia e fazia seus próprios livrinhos, com direito a ilustrações e capas. Porém, ao crescer, escolheu a faculdade de Direito para cursar. Depois de dois anos, percebeu que não era aquilo que queria fazer da vida e mudou para Jornalismo, curso com o qual se identificou logo no começo. Thalita trabalhou como jornalista para Gazeta Mercantil, Lance!, TV Globo e outros.
Começou sua carreira de escritora em 1999 e batalhou para se tornar conhecida, fazendo peripécias e chamando a atenção do público na Bienal do Livro. Seu primeiro livro “Traição Entre Amigas” começou a dar certo e em 2003 ficou conhecida ao assinar com a Editora Rocco para a publicação de seus livros. “Tudo Por Um Pop Star”, sua terceira obra, virou best-seller. Porém, foi com o livro “Fala Sério, Mãe” que Thalita virou a queridinha dos adolescentes.
A partir de 2009 começou a vender seus livros em Portugal, onde já tem 7 livros publicados. Em 2011 seus livros atingiram a marca de 1 milhão de exemplares vendidos, o que é raro para um escritor brasileiro.
Thalita no momento está divulgando o musical de seu livro “Tudo Por Um Pop Star” e em breve estreará um programa de namoro para adolescentes no canal Multishow.
Os livros de Thalita Rebouças cada vez mais cruzam fronteiras e em 2014 ela lançará suas obras por todo o mercado Latino-Americano.

Principais Obras:

Tudo Por Um Popstar (2003)
Fala Sério, Mãe! (2004)
Ela Disse, Ele Disse (2010)

Opinião Pessoal: Eu só li um livro da Thalita Rebouças na minha vida, o “Fala Sério, Mãe!”. Li na época em que ficou famoso e eu era adolescente e gostei bastante. Não sei porque não li outros, talvez por falta de dinheiro, talvez por não ser a viciada em livros que sou hoje ou talvez por gostar de livros com mais intensidade, mais “dark. Tudo o que eu posso dizer é que Thalita sabe o que faz. Ela entende os adolescentes, usa uma linguagem bastante coloquial e fala de forma séria sobre os assuntos da idade.
Além de ser uma boa escritora para o público ao qual se dedica, ela é uma pessoa maravilhosa e isso seguramente influencia bastante em seu sucesso. Até eu que, como disse, só li um de seus muitos livros, fiquei surtada quando ela passou na minha frente na Bienal, simpaticíssima e falando com todas as pessoas da forma mais simples do mundo. Pelo que observo e ouço falar, Thalita te faz sentir próxima, como se fosse amiga de seus leitores, e essa humildade toda atrai o interesse até daqueles que a princípio nem tocavam em um livro. E essa é a parte mais interessante: ela atrai novas pessoas ao mundo da literatura. Muitos podem contestar a qualidade de seus livros, chamando de “má literatura”, por serem muitos simples e precisos, mas é inegável que suas histórias atraem os adolescentes e essa é a parte mais importante, pelo menos na minha opinião. Acho que ninguém com 11 anos de idade vai ler Machado de Assis ou Jorge Amado (claro, existem exceções, pouquíssimas, mas…) e achar tudo lindo, maravilhoso e super entretido! Para entrar no mundo da literatura e apreciá-lo por inteiro é necessário começar por algum lugar, e o que Thalita Rebouças escreve oferece esse tipo de início aos pré-adolescentes.
Seus livros estão sendo lançados em Portugal e em breve serão divulgados na América Latina e acho isso incrível! É muito bom ver nossos escritores serem divulgados mundo afora. Fico muito triste quando vou olhar catálogos de editoras e vejo que 90% do acervo de livros pertencem a escritores internacionais e pouquíssimas oferecem oportunidades aos que vêm de “dentro”. É lamentável ver muitos livros vazios e superficiais sendo vendidos como água, sendo divulgados como tesouros literários, enquanto os escritores brasileiros são esnobados justamente por serem brasileiros. E ver uma escritora nacional passando de 1 milhão de livros vendidos e atravessando a fronteira do preconceito para com autores brasileiros é realmente muito satisfatório.

Escritor 09 – Khaled Hosseini

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Khaled Hosseini nasceu no dia 4 de Março de 1965, em Cabul, no Afeganistão. É escritor e médico.
Filho de um diplomata com uma professora, sua família mudou-se para Teerã onde o seu pai trabalhou para a Embaixada Afegã. A partir de 1976, o Ministro de Relações exteriores transfere a família Hosseini para Paris. Quando estavam prontos para voltar ao Afeganistão, comunistas tomam o poder de forma cruel e eles são enviados aos Estados Unidos, onde lhes foi oferecido asilo político, e em setembro de 1980 eles se mudam para San Jose, na Califórnia.
Hosseini se formou em 1984 e inscreveu-se na Universidade de Santa Clara, onde ganhou título de Bacharel em Biologia, em 1988. No ano seguinte, entrou para a Universidade da Califórnia, em San Diego, onde se formou em medicina em 1993.
Em março de 2001, enquanto ainda exercia a prática da medicina, Khaled Hosseini começou a escrever o seu primeiro romance intitulado “O Caçador de Pipas”. O livro foi publicado em 2003 e rapidamente tornou-se best-seller, sendo vendido em mais de 70 países e ficando mais de 100 semanas em primeiro lugar na lista de best-sellers do jornal The New York Times. O livro, apesar de ficção, descreve um Afeganistão diferente do que conhecemos, construído através das memórias de infância do autor.
Em 2007, seu segundo livro, intitulado “Cidade do Sol”, seguindo o sucesso do primeiro, debutou em primeiro lugar novamente no The New York Times, permanecendo ali por 15 semanas e passando um ano inteiro na lista dos livros mais vendidos. Juntos, os dois livros venderam mais de 10 milhões de cópias nos Estados Unidos e mais de 38 milhões de cópias ao redor do mundo.
Khaled Hosseini é casado com Roya Hosseini e são pais de Haris e Farah.
Seu mais recente livro “O Silêncio das Montanhas”, publicado no primeiro semestre de 2013, figura na lista dos best-sellers do Brasil desde o seu lançamento até a data presente.

Principais Obras:

O Caçador de Pipas (2003)
Cidade do Sol (2007)
O Silêncio das Montanhas (2013)

Opinião Pessoal: Tive contato com os livros de Khaled Hosseini através de minha avó, que leu seus dois primeiros livros e ficou encantada por eles. E após a insistência de algumas amigas, que não tinham nada além de elogios para fazer sobre o autor, eu resolvi pegar os livros e lê-los.
Comecei a ler O Caçador de Pipas e ele logo me conquistou. Lembro que levava ele para o trabalho e ficava lendo nas horas vagas, passando página por página de forma ávida, curiosíssima para saber o que iria acontecer nas próximas cenas. O Caçador de Pipas é um livro que, na minha opinião, não enjoa. A maioria dos livros, por mais interessante que sejam, sempre me entediam em algum momento, é realmente muito difícil algum livro conseguir me prender de uma forma em que eu não pense no que tenho que escrever, no que tenho que fazer etc. O Caçador de Pipas foi um desses livros onde eu realmente consegui desfazer-me da minha vida particular e entrar na história como se fosse amiga ou parente dos personagens. Não fui decepcionada em nenhum momento. Ainda que algumas partes quase arrancaram minha alma, tudo o que aconteceu ali foi necessário para a história ser desenvolvida e a mensagem ser passada. Quando acabei o livro, acabei no trabalho e só não caí aos prantos porque eu estava em local público e não tinha como eu explicar para as pessoas porque eu estava chorando aparentemente “do nada”. Deixei cair duas lágrimas, mas me recompus a tempo, sem que ninguém visse (pelo menos eu acho). E hoje esse livro está no meu top 10 de livros favoritos.
O que eu mais amo na escrita de Hosseini é sua sensibilidade. Eu gosto de autores que são muito mais do que apenas meros espectadores, não gosto desses que narram a história a uma certa distância, como um biógrafo que narra a vida de seu biografado. Os personagens de Khaled, sejam estes femininos ou masculinos, possuem uma veracidade, uma sensibilidade que é impossível você não se identificar com algum deles ou colocar-se em sua pele, ainda que eles façam coisas que não condizem com a sua moral própria. Ele parece amar tanto seus personagens que esse amor transpassa as páginas do livro e atinge por inteiro o leitor. Além da parte psicológica, ainda somos brindados com uma visão diferente do Afeganistão, uma visão mais família, com sua cultura peculiar, sua religião, seus princípios, sua moral, o que contrapõe a visão que temos de um país onde só tem bombas para todos os lados e vidas massacradas diariamente por uma guerra que é incompreensível ao nossos olhos.
Pretendo ler em breve seus outros dois livros lançados no Brasil, pois eu sei que Khaled Hosseini ainda tem muito o que dizer, muito sobre o que ensinar sobre sua cultura e sua experiência de vida. E sugiro que todos façam o mesmo.

Escritor 08 – Manuel Bandeira

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Manuel Carneiro de Souza Bandeira Filho nasceu em 19 de Abril de 1886 em Recife.
Foi poeta, tradutor, professor e crítico de artes. Filho do engenheiro Manuel Carneiro de Souza Bandeira e de Francelina Ribeiro, abastada família de proprietários rurais, advogados e políticos.
Estudou no colégio Pedro II, quando morou no Rio de Janeiro e em 1904 mudou-se para São Paulo, onde cursou a Escola Politécnica. Devido à grande influência de seu pai, decidiu estudar arquitetura. Porém teve de interromper seus estudos ao ser diagnosticado com uma tuberculose. Buscou tratamento em várias cidades, entre elas Teresópolis (RJ), Petrópolis (RJ) e Campanha (MG). Mudou-se para o sanatório de Clavadel, na Suíça, a fim de continuar o tratamento. Lá conhece o poeta francês Paul Éluard e conversam sobre as inovações artísticas que vinham acontecendo na Europa.
Entre 1916 e 1920 perde a mãe, a irmã e o pai.  Em 1917 publica o seu primeiro livro chamado “A Cinza das Horas”, em uma edição de 200 exemplares, custeada por ele mesmo.
Numa reunião na casa de Ronald de Carvalho, em Copacabana, no ano de 1921, conhece Mário de Andrade. Em 1922, Manuel Bandeira e Mário de Andrade começam a trocar correspondências e criam uma forte amizade. Bandeira não participa da Semana de Arte Moderna, realizada em fevereiro em São Paulo, no Teatro Municipal. Na ocasião, porém, Ronald de Carvalho lê na abertura o poema “Os Sapos”, de seu livro  “Carnaval”.
Em 1940 foi eleito para a Academia Brasileira de Letras, sucedendo Luís Guimarães e em 1941 começou a fazer crítica de artes plásticas em A Manhã, no Rio de Janeiro.
Manuel Bandeira morreu no dia 13 de outubro de 1968.

Principais Obras:

A Cinza das Horas (1917)
Carnaval (1919)
Libertinagem (1930)
Estrela da Manhã (1936)

Opinião Pessoal: Meu interesse pela poesia vem crescendo cada vez mais. Se Leminski me introduziu ao prazer de ler poesia, por assim dizer, Manuel Bandeira é o responsável por me fazer amá-la cada vez mais. Seus versos livres fluem com bastante naturalidade e suas palavras são sutis e simples. Manuel Bandeira te faz sentir confortável com um livro dele em suas mãos. Sua linguagem coloquial nos faz sentir como se fôssemos amigos íntimos, ouvindo os versos de um maravilhoso poeta como se fizéssemos parte daquele mundo.
Como escritora, procuro sempre aprender mais, principalmente em relação à poesia. Diria que Bandeira é um ótimo professor, pois eu mesma senti diferença nos meus trabalhos a partir da leitura de seus poemas. Sua escrita me deixa inspiradíssima e eu sempre acabo por ler alguns de seus maravilhosos poemas com uma sensação de leveza e prazer dentro de mim.
Abaixo deixo um dos poemas que mais gosto de Bandeira:

Andorinha

Andorinha lá fora está dizendo:
— “Passei o dia à toa, à toa!”

Andorinha, andorinha, minha cantiga é mais triste!
Passei a vida à toa, à toa . . .