Barulho elevado, sorriso forçado e psicológico alterado. O medo tem voltado, a ansiedade aumentado e o desespero incomodado.
Meus lábios abrem com dificuldade, mostrando uma falsa felicidade que está muito longe da realidade. A vida virou um baile de máscaras, todos fingem, todos atuam, todos manipulam. A máscara de alegria tem que estar bem fixa em seu rosto, quase irremovível. Há que entrar na dança, bailar a valsa dos hipócritas e manipuladores, conduzindo seus pés aos passos da música conduzida e orquestrada pelos que estão supostamente acima. Há que manter a imagem, a aparência sempre tem que estar a frente dos sentimentos.
É hora do passarinho fechar mais uma vez suas asas e ficar preso em uma gaiola, fazendo graças e peripécias para que os tolos humanos satisfaçam seu prazer egoísta, enquanto aquelas asas dia após dia vão se atrofiando, até para o pequeno animal a realização de planar pela céu azul se torne uma completa utopia.
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